Tese para o 13º CONEB

Tese para o 13º CONEB
AINDA HÁ TEMPO PARA MUDAR, DIRETAS NA UNE JÁ!
ESQUERDA POPULAR SOCIALISTA – OPOSIÇÃO


Apresentação
Ousar Lutar! Ousar Vencer
Por um Movimento Estudantil Autônomo.
Autonomia Universitária
Universalização da educação
Diretas na UNE Já!


Apresentação
A tese Ainda Há Tempo para Mudar! Diretas na UNE Já! É construída por estudantes independentes de diversas instituições do país, militantes da Juventude Popular Socialista – JPS - e de valorosos companheiros, das mais diversas correntes do pensamento humano, que temos o privilegio de convivemos no dia a dia em nossas comunidades, constituindo assim a ESQUERDA POPULAR SOCIALISTA, uma alternativa para aqueles que como nós acreditamos numa esquerda democrática e emancipatória, antenadas com as novas demandas que a sociedade nos exige. A construção de uma sociedade auto-sustentável, que socialize suas riquezas, dando a cada cidadão condições para seu desenvolvimento físico e cultural, garantindo-nos os direitos e os deveres inerentes ao exercício pleno da cidadania.
Nela apresentamos nossa visão sobre a UNE e algumas das mudanças necessárias ao Movimento estudantil e no modelo educacional brasileiro. A tese apresenta como principal crítica o aparelhamento das instituições estudantis e movimentos sociais além da necessidade de realização de eleições diretas na UNE.
Ousar Lutar! Ousar Vencer
“Eu me organizando, posso desorganizar!” Chico Science
Atualmente os diversos movimentos sociais apresentam uma grande desmobilização nacional, causada pela fragmentação e aparelhamentos de muito deles.
A cooptação parece generalizada, basta vê o silencio estarrecedor que a UNE e a UBES tiveram sobre a questão do ENEM/SISU, que por dois anos consecutivos prejudica milhares de estudantes.
Poderíamos falar o mesmo da CUT antes defensora ardorosa dos interesses do povo brasileiro em relação aos sucessivos escândalos de corrupção patrocinados pelo Governo Federal.
Sanguessugas, Correios, Dirceu, Mensalão, Mensalinho, Aloprados, Sarney, Erenice ,Gim Argelo, dentre outros, além de Collor, Renan, Maluf, Jader Barbalho, todos, “parceiros” deste projeto que querem nos “vender” como de “esquerda” e “transformador”, mas na verdade é a mesma política do “Toma lá!, Dá cá!”, as mesmas praticas clientelistas que sempre combatemos, apenas com “novos atores” e infelizmente o mesmo fim trágico de um “filme” que já vimos antes, o fisiologismo e a corrupção como atores principais.
Estes temas serão exaustivamente debatidos doravante por nossa tese, tentaremos junto com você entender o que levou ao peleguismo e a omissão estas antes combativas e representativas entidades. Especialmente UNE e UBES.
Vamos em frente!
Ainda Há Tempo de Mudar, Diretas na UNE Já! – Esquerda Popular Socialista
Por um Movimento Estudantil Autônomo.
“Quem sabe faz à hora não espera acontecer” Geraldo Vandré
A União Nacional dos Estudantes já foi símbolo de luta por um país mais justo e por uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade. Contudo, devido ao forte aparelhamento ao qual a entidade vem passando nos últimos 26 anos por parte de alguns grupos políticos, a entidade deixou de atender a demanda estudantil para seguir diretrizes partidárias.
Este cenário se agravou durante o Governo Lula, onde devido à direção majoritária da UNE e UBES fazerem parte de partidos políticos ligados a base do governista, vimos uma serie de repasses sem igual para a entidade tendo sido repassado até 2009 cerca de 13 milhões de reais e agora aos “45 do segundo tempo” foi liberada a primeira parcela de 30 milhões de uma indenização que totaliza 44,6 milhões de para reconstrução da sede da UNE na praia do flamengo. Não se trata de discordar dos repasses ou tão pouco da merecida e justa indenização pelo ataque sofrido por nos estudantes pelo regime militar quando incendiaram nossa sede, mas que iremos ficar vigilantes para que estes vultosos recursos sejam usados para a construção efetiva da sede com toda a infra-estrutura necessária para que a juventude do Rio de Janeiro e do Brasil possam desenvolver as mais variadas formas de expressão política e cultural, tornando-a um instrumento para a luta coletiva dos estudantes e não para uso de grupos determinados e com a devida prestação de contas para a sociedade, fato que, aliás, há muito tempo não vimos na UNE.
Devido a estes fatores a direção da UNE se constitui em uma direção de gabinete, omissa e burocrática, tendenciosa a adesão de “acordos”, seja com as Reitorias, muitas vezes contrariando as decisões das entidades de base, seja com o Governo aliado de plantão, como ocorrerá no último processo eleitoral, onde a UNE foi utilizada como um braço político do governo, chegando ao cúmulo de declarar apoio a um dos candidatos a presidentes em vez de elaborar propostas para ambos os candidatos e tentar ampliar o debate, afinal a UNE somos todos nós! Comunistas, Socialistas, Social Democratas, Trabalhistas, Verdes, Humanistas, todos e não apenas uma direção eleita de forma viciada e antidemocrática, onde reina a burocracia e a servidão. Optaremos sempre para a ampliação e democratização do debate e das idéias, sem preconceitos ou cartas marcadas.
A UNE deixou de ter uma postura crítica e hoje se apresenta como simplesmente um mecanismo de afirmação e defesa de projetos governamentais. Neste CONEB propomos a retomada das mobilizações nacionais em prol de uma educação de publica, gratuita, laica e qualidade, defendemos ações incisivas na defesa da democracia, liberdade de imprensa, contra corrupção, a favor da livre liberdade sexual e pela criação de políticas próprias para juventude que hoje representa mais de 30% da população brasileira.
Defendemos a redemocratização da UNE com a realização de eleições diretas, acreditamos que as eleições através de delegados não propiciam um debate real na base estudantil, excluindo boa parte dos estudantes sobre os rumos da instituição no país. Outro fator o sempre presente contestamento das atas de eleições de delegados para o congresso da UNE, fato este que compra a ausência de debate nas instituições e a não representatividade deste modelo atual.
Outra questão que salta-nos aos olhos é o profundo distanciamento da UNE em relação aos estudantes, de suas entidades locais, CA’s, DA’s e DCE’s, e suas lutas. Isso passa fundamentalmente pela ausência da entidade em praticamente todas as mobilizações e lutas travadas pelo movimento estudantil a partir das entidades locais.
É hora de juntos formamos um grande bloco de oposição a UJS/PC do B - Oposição de verdade, sem cooptação ou barganha e para isso conclamamos as forças políticas que não compactuam com a repartição que a UNE se tornou, sempre negando o conflito e buscando o “entendimento”, assim como as forças políticas que em congressos passados acreditaram esta fazendo o melhor, associando-se á aqueles que comandam a UNE a mais de 26 anos, sendo com isso os principais responsáveis pela falta de representatividade política que a UNE se encontra hoje, a darem um basta! É hora de sermos protagonistas de nossa história.
Ainda Há Tempo de Mudar, Diretas na UNE Já! – Esquerda Popular Socialista
Propõem:
Resgatar uma postura independente da UNE! Abaixo o aparelhamento, a negação do debate e o adesismo.
Transparência na UNE - Prestação de Contas financeira e políticas semestrais.
Por uma UNE de todos e pela Criação do Conselho Estudantil – Órgão colegiado que contará com 01 representante de todas as forças políticas que apresentarem uma plataforma política (Tese) no Congresso Nacional da UNE, e terá função consultiva e fiscalizadora dos compromissos firmados pela chapa vencedora, garantindo autonomia aos estudantes que não precisam de órgão externo para fiscalizar suas ações, como a realização do que fora prometido em Congresso. Promessa é compromisso!
DIRETAS JÁ! A UNE somos todos nós!
Retomada de ações nacionais de luta pela aplicação de 10% do PIB na Educação
Por uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade.
Autonomia Universitária
A universidade em teoria possui autonomia, contudo esta dita autonomia está somente na oratória e no papel, vejamos se durante o governo de Fernando Henrique acompanhamos o sucateamento da universidade pública com a falta crônica de recursos necessários para atender as demandas acadêmicas, no governo do PT as verbas começaram a ser utilizadas como mecanismo para forçar as universidades a aderirem às políticas governamentais. E a autonomia? Cadê? Vamos abaixo expor algumas questões relevantes.
Defendemos uma universidade autônoma para que assim possa desenvolver seu papel na sociedade. Isso só será passível com a garantia 10% do PIB para educação e criação das condições adequadas para desenvolvimento com excelência do ensino, pesquisa e extensão que hoje constitui o tripé educacional.
A paridade nos órgãos colegiados tais como CONSUNE e CONSEPE e a paridade nas eleições para reitor, diretor de institutos e faculdades e coordenador de curso tem que ser assegurada por lei e para isso precisamos nos organizar nacionalmente para que consigamos aprovar esta reivindicação no legislativo nacional.
Nas instituições de ensino privado precisamos garantir a participação dos estudantes nas decisões das instituições através de conselhos funcionais e paritários.
Hoje não possuímos por parte do governo políticas eficientes que garantam que as universidades particulares realmente cumpram seu papel na sociedade, desenvolvendo o tripé do ensino superior universitário que é o ensino, pesquisa e extensão. A maioria das instituições particulares não possui condições e nem incentivos para desenvolvimento das atividades de pesquisa e extensão fornecendo assim um ensino deficiente.
Estas instituições possuem como principal foco apenas os lucros, transformando assim o ensino em mera mercadoria e se aproveitando da discrepância entre numero de vagas no ensino público e número de jovens interessados em cursar o ensino superior. A UNE precisa ter posicionamentos fortes no sentido de lutar contra a mercantilização do ensino superior e a fins de garantir métodos e políticas que impeçam implantação e existência de cursos sem as condições necessárias o desenvolvimento de atividades de ensino pesquisa e extensão.
Ainda Há Tempo de Mudar, Diretas na UNE Já! – Esquerda Popular Socialista
Propomos:
Uma UNE que defenda os interesses dos estudantes!
Autonomia Universitária sem condicionantes governamental
Paridade já nas eleições reitores, diretor de institutos e faculdades e coordenador de curso e nos órgãos colegiados;
10% do PIB para educação;
Pela garantia do tripé educacional nas universidades publicas e privadas;
Contra a mercantilização da educação;
Pela implementação de métodos e políticas de fiscalização eficientes para garantir que as universidades privadas estejam cumprindo sua função social e educacional, como formadoras do conhecimento;
Universalização da educação
A universalização da educação é a única forma de garantir uma mudança real na sociedade. Em nenhum dos modelos político-social é possível pensar em uma sociedade responsável e com condições sociais para o desenvolvimento da cultura e do saber, sem que para isso se tenha antes garantido as condições para um desenvolvimento educacional de qualidade, erradicando o analfabetismo propriamente dito além de o analfabetismo funcional, político e digital.
Temos a internet como principal ferramenta na luta pela liberdade de imprensa e pela construção de formas alternativas de comunicação que tentem transmitir informações além das apresentadas e massificadas pela grande mídia, que hoje por sua vez apresentam noticiário controverso e com matérias que contribuem apenas para alienação da sociedade criando cada vez mais uma recusa a política, a luta por seus direitos e por melhorias da sociedade. Muitas vezes até mesmo tachando de forma pejorativa os diversos movimentos sociais que ainda tentam resistir às crescentes tentativas de suborno e compra das instituições em troca de posicionamentos favoráveis em prol das falsas mudanças propostas mascarando assim que a real necessidade de mudanças radicais no modelo educacional brasileiro que se apresenta hoje com uma das piores educações da America latina mesmo sendo a mais cara.
O Brasil necessita de uma ampliação no número de vagas das universidades federais - UF e institutos federais – IF. O panorama atual das instituições públicas de ensino mostra que devido ao número inferior de vagas em relação à demanda existente as universidades federais são para poucos. Devido à má qualidade do ensino público no nível básico e médio, os alunos de escolas estaduais ficam à margem não conseguindo acesso a universidades federais. Políticas como PROUNI auxiliaram muitos estudantes de baixa renda a chegarem a uma instituição superior, porém este programa maquia o real problema, a debilidade do estado brasileiro de ofertar vagas para quem deseja ingressar no ensino superior, não passando portanto de uma privatização do ensino superior, por que entendemos que o dinheiro público deva ser usado na ampliação e melhorias das instituições de ensino publicas e não em paliativos que combatem os efeitos e não as causas dos problema. Dinheiro Publico! Educação Publica!
Outra questão que deve ser lembrada é que os estudantes que ingressam na universidade via PRO-UNI enfrentam também o desafio de conseguirem manter-se durante a graduação já que são quase inexistentes as políticas de assistência estudantil nas instituições particulares, não existindo nem uma lei que as obrigue fornecer formas de assistência estudantil tais como bolsas e casa de estudantes.
Nos IFs e UFs defendemos a criação de políticas efetivas que possibilitem a permanência dos estudantes de origem popular tais como construção de casas de estudantes em todos os campus do país com capacidade para 10% dos alunos matriculados; bolsa permanência sem vínculo empregatício além da garantia de RU a preço acessível em todos os campus de IFs e UFs e da disponibilização de bolsas alimentação que cubram os gastos com RU e alimentação do final de semana.
Somos contra as políticas de auxílio moradia defendido pelo MEC em substituição a casa de estudante, acreditamos que o auxilio moradia não cumpre o seu papel de forma integral, contribuem para especulação imobiliária, deixa o estudante refém dos repasses do governo que freqüentemente atrasam, não fornece garantia sobre a continuidade do amparo já que ao contrario da casa de estudante o auxilio pode ser retirado caso houver mudança de projeto político da administração.
Outra bandeira de luta é a transformação da assistência estudantil representada hoje pelo Programa Nacional de Assistência Estudantil – PNAES em política de Estado e não política de governo. O PNAES na forma como está, pode ser retirado caso entre um governo que o julgue não sendo uma política apropriada, pois se trata de uma política de governo e não política de Estado se faz necessário que a assistência estudantil seja assegurada por lei.
A revisão do processo de seleção via ENEM/SISU também deve ser feita por entendermos que essa forma de acesso promove a falsa impressão de democratização do acesso à Universidade com um “fim do vestibular” quando na realidade aumenta o fosso das desigualdades regionais, beneficiando enormemente os estudantes das regiões mais ricas do país e oriundos das escolas privadas. Sem valorizar as questões regionais, essenciais para que o estudante entenda sua região e suas peculiaridades, conhecendo sua história, tornando-se um agente transformador da mesma, por isso, defendemos a não adesão das Universidades publicas federais e estaduais ao ENEM/SISU como proposto pelo Governo Federal, MEC e defendido pela UNE e que o acesso as universidade publicas federais e estaduais deve contemplar 50% das vagas a alunos oriundos do ensino público e 50% para os demais estudantes incluindo neste percentual tanto aluno da educação publica, quanto privada.
Ainda Há Tempo de Mudar, Diretas na UNE Já! – Esquerda Popular Socialista
Propomos:
A universalização da educação como única forma de garantir uma mudança real na sociedade
Forte investimento em novas tecnologias para obtenção do conhecimento.
Ampliação no número de vagas das universidades federais - UF e institutos federais – IF e reserva de 50% das vagas para estudantes oriundos da escola pública.
A não adesão das Instituições publicas de ensino federais e estaduais ao ENEM/SISU
A Revisão do PRO-UNI paliativo que maquia a debilidade do estado de ofertar vagas aos estudantes que queiram ingressar no ensino superior - Dinheiro Publico! Educação Publica!
A criação de políticas efetivas que possibilitem a permanência dos estudantes de origem popular
A transformação do PNAES em política de Estado e não política de governo e assegurado por lei

Diretas na UNE Já!

“Brasil mostra tua cara!” Cazuza
A luta pela democratização do processo eleitoral na UNE é uma antiga reinvidicação das forças políticas como nos, da ESQUERDA POPULAR SOCIALISTA, devido à falta de lisura e representatividade que o processo atual implica, porém em momentos anteriores, apesar do desejo de vermos na pratica a diretas já! Na UNE, sempre ficava nas generalizações, ou no simbolismo que esta importante bandeira significaria, agora iremos apresentar aos companheiros presentes ao XIII CONEB, uma sugestão pratica, direta e democrática, este será um grande desafio que deverá ser construído por muitas “mãos” o que nos levará a uma grande vitória democrática, visando a construção da UNE que queremos.
01. Caberá a direção da UNE em conjunto com o Conselho Estudantil (Representação de todas as forças políticas que apresentarem sua plataforma (tese) sobre o ME no Coneb) a solicitar ao TRE, a utilização de urnas eletrônicas em todas as instituições de ensino superior reconhecida pelo MEC.
02. Terá direito a voto todo estudante devidamente matriculados em instituições de ensino superior publicas e privadas do país, que será reconhecido pelo numero de sua matricula na instituição que estudam.
03. As eleições se darão de forma proporcional entre as teses concorrentes.
04. Cada estado deve ter uma comissão eleitoral.
05. As demais normativas devem ser discutida durante o CONEB.

Tese para o 1° Congresso dos estudantes da UFMT - Coletivo Evolução

Por um DCE pela base

Em meio ao atual panorama do movimento estudantil da UFMT, nos do Coletivo Evolução iniciamos uma processo de discussão sobre como deve ser um DCE e como este deve atuar, para que possamos alcançar um ensino de qualidade, laico e gratuito. Transformando assim a universidade em uma escola para vida e mais que isso, um espaço de transformação da sociedade.
Baseado nesta linha de pensamento apresentamos a baixo uma série de criticas e proposições que visam melhorar a atuação de nossa entidade representativa.

DCE – UFMT

Ultimamente, temos observado no DCE da Universidade Federal de Mato Grosso um modelo de gestão ultrapassada. Há muito não temos da nossa instituição representativa, promoção de projetos no âmbito cultural, esportivo, de formação cientifica e intelectual dos estudantes. Queremos um DCE que saia da “mesmice” de discutir socialismo e capitalismo. Nós queremos um DCE que lute e aja no sentido de transformar a UFMT em uma escola para vida. Este modelo de hoje deixa muito a desejar e por isso apresentamos esta tese que visa propor um novo modelo de gestão mais transparente, democrático, participativo e com total respeito à ética e a comunidade estudantil.

Reforma Universitária

A educação hoje no Brasil passa por uma serie de reformas que são implantadas de forma impositiva pelo governo Lula, reformas estas, que aumentam a número de vagas sem aumentar a numero de professores e adequar as estruturas das universidades a receber os estudantes. O novo modelo de vestibular unificado não trás nada de novo, amplia a mobilidade estudantil sem ampliar a assistência estudantil. Isso significa que o estudante de baixa renda mais uma vez ficará as margens da sociedade. Precisamos lutar pela universalização da Educação superior, lutar pela melhoria da qualidade e para que todos tenham acesso a um curso superior, somente assim poderemos conseguir uma melhor distribuição de renda no país. O movimento estudantil tem como dever comprar esta briga, pois o que temos hoje é fruto da luta dos nossos pais e avos, e para que as futuras gerações possam gozar de universidades de qualidade e de um país melhor, precisamos sim lutar, apresentando criticas e possíveis soluções aos muitos problemas que estagnam a educação superior no Brasil.
Temos visto uma gestão que só sabe criticar e esquece-se do dever de lutar. Só criticar não basta, é preciso discutir com a comunidade acadêmica os problemas e chegar às soluções. O DCE é a principal ferramenta de luta dos estudantes e precisa incluí-los nos debates, possibilitando a participação independente de qual seja seu pensamento, grupo político ou religioso.
Luta pela Ampliação da assistência estudantil;
Luta pela ampliação do transporte da UFMT;
Luta pela aplicação dos recursos e infra-estrutura da universidade de acordo com a necessidade dos estudantes.

União Nacional dos Estudantes

A UNE há muito deixou o seu espírito de luta, e hoje age como um aparelho do governo federal dizendo “sim senhor” para todas as reformas que são implantadas sem se quer discuti-las nas universidades deste país.
Defendemos uma UNE democrática, ética e que lute e aja de acordo com as necessidades estudantis. Devem manter contato com os estudantes nas instituições estudantis do país, lutando por uma educação de qualidade e pela universalização do ensino superior.
No último Congresso, ocorreram casos estranhos na UFMT: o grupo político que atualmente encontra-se na gestão do DCE, utilizou dos recursos desta entidade para o financiamento de material para sua corrente política na eleição. Este é o tipo de atitude que hoje afasta os estudantes do Diretório Central e não podemos aceitar que isto aconteça em nossa universidade. É hora de dizermos não a contrafação das instituições estudantis! Dinheiro do estudante deve ser gasto com estudante e não com o financiamento de campanha de coligações políticas.
Pelo fim do financiamento de campanhas com dinheiro do DCE Pelo fim do aparelhamento de entidades estudantis.

Cultura

A universidade pode e deve ser um grande centro de manifestação cultural e o DCE carece auxiliar para que isso aconteça promovendo oficinas, concursos e incentivando a formação de grupos para as mais diversas formas de expressão cultural como teatros, saraus de poesia, artes plásticas, artes visuais, musica, dança entre muitas outras formas de expressões artísticas.
Criação de grupos culturais;
Promoção de atividades culturais como saraus, exposições e apresentações culturais em geral;
Incentivo do DCE para com os grupos de cultura.

Esporte

Esporte é saúde e bem estar, contudo dentro da UFMT ainda é muito tímida a promoção de atividades esportivas. O DCE deve se empenhar e lutar pela expansão das atividades esportivas desenvolvendo campeonatos das diversas modalidades. Temos um ginásio, varias quadras e campos alem de uma piscina e uma pista de atletismo. Sabemos que o existem muitos atletas na UFMT. Vamos incentivá-los para que surja de nossa universidade, um destaque esportivo nacional ou quiçá até mundial.

Promoção de atividades esportivas.

Financiamento

Hoje o DCE é financiado pelas cantinas da UFMT. Contudo o processo é muito obscuro, sendo que não há contratos legais da ocupação destes espaços públicos e os preços são muito abaixo do mercado. A cantina que mais paga desembolsa 350 R$ para utilizar o espaço. Valor este que oscila de cantina para cantina, o pior é que não existe nem um tipo de controle de quanto o DCE recebe por mês, já que a cada mês o valor é diferente, ficando assim o estudante sem saber para onde está indo o rico dinheiro dos seus salgados e cocas e que pagam este aluguel absurdo.
Regularização dos contratos já.

Finanças

Este ano foi publicado três prestações de constas do DCE, cada uma delas com valores diferentes referentes ao mesmo período. O acesso às notas fiscais não é aberto para a comunidade acadêmica e os valores não são discriminados de forma detalhada então não conhecemos realmente quanto entrou em caixa. Estes são só alguns dos problemas existentes na política econômica do DCE problemas que atrapalham a credibilidade da instituição e deixam o estudante em xeque sobre o que realmente acontece. Por isso propomos:
Divulgação mensal das prestações de contas na internet de forma detalhada tendo todas as notas postadas como anexo;
Criação de um conselho fiscal integrado pelos C.A.’s.

Comunicação

Vivemos em um mundo aonde a comunicação vem a cada dia se reinventando e isso ajuda e muito aproximar as pessoas. Quando falamos de movimento estudantil não é diferente, muitas instituições representativas utilizam o Orkut, o MSN, os Blogs e mais recentemente o Twitter. Estas ferramentas ajudam na interação entre as instituições e seus associados. Contudo, a gestão atual nega a interação com os estudantes através dos meios de comunicação, com a desculpa de que estes não são espaços políticos.
Não podemos mais aceitar este tipo de atitude. Precisamos que a comunicação entre nós estudantes e os nossos representantes saia do inicio do século XX e venham para o século XXI.
Utilização de ferramentas modernas para comunicação com os estudantes

Vivência

Em muitos C.A.’s desta universidade observamos em seus espaços um grande convívio coletivo, onde os estudantes ali presentes se sentem a vontade para estudar, conversar, se divertir um pouco ou até mesmo descasar.
Mesmo estando em locais mais movimentados da UFMT, estranhamente muitos estudantes não sabem que o espaço do DCE pertence a todos. Por isso propomos que o DCE deixe de ser somente um espaço político e passe a ser também um espaço de vivencia coletivo.

Formação Cientifica intelectual

Se analisarmos o que os estudantes necessitam, com certeza estará entre as prioridades, formação cientifica e intelectual. Entretanto no modelo a qual a atual gestão desenvolveu, os únicos assuntos que entram em pauta são restritamente políticos.
Precisamos que o DCE seja um importante ator no desenvolvimento da formação cientifica e intelectual e para que isso aconteça é necessário trazer palestras e cursos dos mais diversos assuntos aproximando os estudantes da sua formação científica.

Assinam esta tese:

Caiubi Emanuel Souza Kuhn – Geologia
Salvador Carrasco – Engenharia Elétrica
Andersom Aparecido – Química
Thiago – Física
Dérick Vasconcelos – Filosofia


O DCE NÃO PODE SE RESUMIR SOMENTE À ATUAÇÃO POLÍTICA.

Junte-se a nós nesta luta!

Email para contato: coletivoevolucao@gmail.com
Blog: pasquimufmt.blogspot.com

Eleições



As movimentações políticas estão começando a acontecer para as eleições de 2010 é este vídeo diz muito sobre o histórico das eleições no Brasil e sobre como poderemos construir o futuro!

Charges elições

A FÁBULA DOS PORCOS ASSADOS

Certa vez, aconteceu um incêndio num bosque onde havia alguns porcos, que foram assados pelo fogo. Os homens, acostumados a comer carne crua, experimentaram e acharam deliciosa a carne assada. A partir daí, toda vez que queriam comer porco assado, incendiavam um bosque... Até que descobriram um novo método.

Mas o que quero contar é o que aconteceu quando tentaram mudar o SISTEMA para implantar um novo. Fazia tempo que as coisas não iam lá muito bem: às vezes, os animais ficavam queimados demais ou parcialmente crus. O processo preocupava muito a todos, porque se o SISTEMA falhava, as perdas ocasionadas eram muito grandes - milhões eram os que se alimentavam de carne assada e também milhões os que se ocupavam com a tarefa de assá-los. Portanto, o SISTEMA simplesmente não podia falhar. Mas, curiosamente, quanto mais crescia a escala do processo, mais parecia falhar e maiores eram as perdas causadas.

Em razão das inúmeras deficiências, aumentavam as queixas. Já era um clamor geral a necessidade de reformar profundamente o SISTEMA. Congressos, seminários e conferências passaram a ser realizados anualmente para buscar uma solução. Mas parece que não acertavam o melhoramento do mecanismo. Assim, no ano seguinte, repetiam-se os congressos, seminários e conferências.

As causas do fracasso do SISTEMA, segundo os especialistas, eram atribuídas à indisciplina dos porcos, que não permaneciam onde deveriam, ou à inconstante natureza do fogo, tão difícil de controlar, ou ainda às árvores, excessivamente verdes, ou à umidade da terra ou ao serviço de informações meteorológicas, que não acertava o lugar, o momento e a quantidade das chuvas.

As causas eram, como se vê, difíceis de determinar - na verdade, o sistema para assar porcos era muito complexo. Fora montada uma grande estrutura: maquinário diversificado, indivíduos dedicados exclusivamente a acender o fogo - incendiadores que eram também especializados (incediadores da Zona Norte, da Zona Oeste, etc, incendiadores noturnos e diurnos - com especialização matutina e vespertina - incendiador de verão, de inverno etc). Havia especialista também em ventos - os anemotécnicos. Havia um diretor geral de assamento e alimentação assada, um diretor de técnicas ígneas (com seu Conselho Geral de Assessores), um administrador geral de reflorestamento, uma comissão de treinamento profissional em Porcologia, um instituto superior de cultura e técnicas alimentícias (ISCUTA) e o bureau orientador de reforma igneooperativas.

Havia sido projetada e encontrava-se em plena atividade a formação de bosques e selvas, de acordo com as mais recentes técnicas de implantação - utilizando-se regiões de baixa umidade e onde os ventos não soprariam mais que três horas seguidas.

Eram milhões de pessoas trabalhando na preparação dos bosques, que logo seriam incendiados. Havia especialistas estrangeiros estudando a importação das melhores árvores e sementes, o fogo mais potente etc. Havia grandes instalações para manter os porcos antes do incêndio, além de mecanismos para deixá-los sair apenas no momento oportuno.

Foram formados professores especializados na construção dessas instalações. Pesquisadores trabalhavam para as universidades para que os professores fossem especializados na construção das instalações para porcos. Fundações apoiavam os pesquisadores que trabalhavam para as universidades que preparavam os professores especializados na construção das instalações para porcos etc.

As soluções que os congressos sugeriam eram, por exemplo, aplicar triangularmente o fogo depois de atingida determinada velocidade do vento, soltar os porcos 15 minutos antes que o incêndio médio da floresta atingisse 47 graus e posicionar ventiladores gigantes em direção oposta à do vento, de forma a direcionar o fogo. Não é preciso dizer que os poucos especialistas estavam de acordo entre si, e que cada um embasava suas idéias em dados e pesquisas específicos.

Um dia, um incendiador categoria AB/SODM-VCH (ou seja, um acendedor de bosques especializado em sudoeste diurno, matutino, com bacharelado em verão chuvoso) chamado João Bom-Senso resolveu dizer que o problema era muito fácil de ser resolvido - bastava, primeiramente, matar o porco escolhido, limpando e cortando adequadamente o animal, colocando-o então numa armação metálica sobre brasas, até que o efeito do calor - e não as chamas - assasse a carne.

Tendo sido informado sobre as idéias do funcionário, o diretor geral de assamento mandou chamá-lo ao seu gabinete, e depois de ouví-lo pacientemente, disse-lhe: "Tudo o que o senhor disse está muito bem, mas não funciona na prática. O que o senhor faria, por exemplo, com os anemotécnicos, caso viéssemos a aplicar a sua teoria? Onde seria empregado todo o conhecimento dos acendedores de diversas especialidades?". "Não sei", disse João. "E os especialistas em sementes? Em árvores importadas? E os desenhistas de instalações para porcos, com suas máquinas purificadores automáticas de ar?". "Não sei". "E os anemotécnicos que levaram anos especializando-se no exterior, e cuja formação custou tanto dinheiro ao país? Vou mandá-los limpar porquinhos? E os conferencistas e estudiosos, que ano após ano têm trabalhado no Programa de Reforma e Melhoramentos? Que faço com eles, se a sua solução resolver tudo? Heim?". "Não sei", repetiu João, encabulado. "O senhor percebe, agora, que a sua idéia não vem ao encontro daquilo de que necessitamos? O senhor não vê que se tudo fosse tão simples, nossos especialistas já teriam encontrado a solução há muito tempo atrás? O senhor, com certeza, compreende que eu não posso simplesmente convocar os anemotécnicos e dizer-lhes que tudo se resume a utilizar brasinhas, sem chamas! O que o senhor espera que eu faça com os quilômetros e quilômetros de bosques já preparados, cujas árvores não dão frutos e nem têm folhas para dar sombra? Vamos, diga-me?". "Não sei, não, senhor". "Diga-me, nossos três engenheiros em Porcopirotecnia, o senhor não considera que sejam personalidades científicas do mais extraordinário valor?". "Sim, parece que sim". "Pois então. O simples fato de possuirmos valiosos engenheiros em Porcopirotecnia indica que nosso sistema é muito bom. O que eu faria com indivíduos tão importantes para o país?" "Não sei". "Viu? O senhor tem que trazer soluções para certos problemas específicos - por exemplo, como melhorar as anemotécnicas atualmente utilizadas, como obter mais rapidamente acendedores de Oeste (nossa maior carência) ou como construir instalações para porcos com mais de sete andares. Temos que melhorar o sistema, e não transformá-lo radicalmente, o senhor, entende? Ao senhor, falta-lhe sensatez!". "Realmente, eu estou perplexo!", respondeu João. "Bem, agora que o senhor conhece as dimensões do problema, não saia dizendo por aí que pode resolver tudo. O problema é bem mais sério e complexo do que o senhor imagina. Agora, entre nós, devo recomendar-lhe que não insista nessa sua idéia - isso poderia trazer problemas para o senhor no seu cargo. Não por mim, o senhor entende. Eu falo isso para o seu próprio bem, porque eu o compreendo, entendo perfeitamente o seu posicionamento, mas o senhor sabe que pode encontrar outro superior menos compreensivo, não é mesmo?".

João Bom-Senso, coitado, não falou mais um a. Sem despedir-se, meio atordoado, meio assustado com a sua sensação de estar caminhando de cabeça para baixo, saiu de fininho e ninguém nunca mais o viu. Por isso é que até hoje se diz, quando há reuniões de Reforma e Melhoramentos, que falta o Bom-Senso.

A história das coisas



Este vídeo mostra um pouco do problema do nosso modo consumista de ser, e nos coloca em xeque quanto está realidade, mostrando que temos que construir uma sociedade sustentável para que nosso mundo não entre em colapso por causa de nossas ações.

CONCRETO

No concreto, pés descalços
na duvida do caminhar.
Tudo material,
matéria-prima da própria invenção.
De braços dados, na contramão,
talvez ha uma esperança.
Cambaleante vai, a roda vai,
a roda da vida gira sem saber parar.
Árduo gosto do envelhecer,
com um prazer que da gosto.

No concreto, passarelas, avenidas,...
floresta de pedra.
Tudo material,
matéria-prima da própria invenção.
Comportamento compulsivo do coração
que ama outro coração.
Variação na mesma direção,
outro retorno ás concepções.
Inventando tudo de novo com novas emoções.

No concreto, sinaleiro,
poeira preta, freio-de-mão.
Tudo material,
matéria-prima da própria invenção.
Socializando as aversões
por um novo acreditar.
Concreto, não tem terra pra pisar,
não tem chão, concreto.

André Luís